O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta sexta-feira (21) um abono salarial que reajusta em até 12,84% os salários dos professores da rede estadual de São Paulo. Com o reajuste, a remuneração dos professores estaduais passa a respeitar o piso nacional dos professores, determinado pela Lei do Piso. O aumento vale também para professores aposentados.
Em novembro do ano passado o governo estadual lançou um plano para elevar o salário inicial dos professores da rede pública. Na época a gestão Doria anunciou que o projeto custaria R$ 1 bilhão em 2020 e, no total, R$ 4 bilhões nos próximos três anos.
O piso dos professores que lecionam para os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental vai passar a R$ 2.886,24; antes, o valor era de R$ 2.577,74. Já o salário dos docentes que atendem alunos dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio vai passar de R$ 2.585,01 para os mesmos R$ 2.886,24, previstos por lei. O impacto no orçamento será de R$ 560 milhões. Os novos valores passam a valer a partir de março, com pagamento retroativo desde janeiro.
Em janeiro o governo federal elevou o piso salarial dos professores da educação básica em início de carreira, de R$ 2.557,74 para R$ 2.888,24. O reajuste já estava previsto na Lei do Piso, de 2008, que estabelece aumento anual no mês de janeiro.
“Abono não é salário”
A deputada estadual Professora Bebel (PT), que preside o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), reclamou do anúncio nas redes sociais.
“Abono não é salário”, disse Bebel. “O que nós, professores, queremos, é carreira digna, progressiva, que permita fixarmo-nos na escola, e não esses remendos que não podem ser contados nem na aposentadoria nem na licença. Salário, sim, é dignidade.”
FONTE: Globo.com